Cresci numa época onde as crianças tinham apenas que brincar. Informações eram escassas, num período político sombrio.
Nossas crianças não tem tempo para brincar. Precisaram assumir o papel dos adultos, numa época em que bufões são ungidos.
Mais uma vez o rabo precisa abanar o cachorro.
Um líder espiritual que conheci, uma vez me disse: "Não esperem que outros avatares desçam à Terra. Agora, é com vocês".
Nossos avatares são nossas crianças. Nasceram num nundo digital, com informações inesgotáveis e sem estarem estragadas pelos compromissos e interesses econômicos dos administradores de plantão.
Creio que o Universo separou a dedo exemplares notáveis de seres humanos e os envio em meio ao caos das mudanças climáticas, do feminicídio e do revisionismo medieval.
Somente crianças singulares poderiam aceitar este papel. Elas não se calam. Elas não rejeitam o cálice que receberam.
Uma criança indignada pode mudar o mundo.
Sem a preocupação com o politicamente correto, presente nos diversos manuais abjetos.